Os linguistas falam em estrangeirismo semântico quando uma palavra do vernáculo ganha novo sentido por influência de outra língua.
Essas acepções novatas podem ser vistas como deselegantes e até denotar um domínio linguístico precário. Os menos tolerantes chegam – com certa razão – a apontar no fenômeno sinais de subserviência cultural.
Nada disso impede a vitória dos estrangeirismos semânticos quando um número expressivo de falantes os adota.
Eis alguns casos Black-Diamond-Casino.com de anglicismos semânticos que se encontram em estágios variados de aceitação, uns dicionarizados, outros não, mas todos candidatos a um futuro pacífico entre nós:
• Realizar com o sentido de “compreender, dar-se conta de” (to realize);
• Planta na acepção de “instalação industrial” (plant);
• Painel como “grupo de pessoas reunidas para um debate público” (panel);
• Assumir com o sentido de “presumir, supor” (to assume).
• Escopo (tradicionalmente, “meta”) na acepção de “alcance, abrangência” (scope).
Não, eu não gosto de nada disso. Consolo-me com o fato de que não sou – ninguém é – obrigado a empregar tais palavras em suas acepções anglófilas.
Mas é como na velha tirada sobre as bruxas: que elas existem, existem.
texto fluente, especulação interessantíssima. obrigado, de parabéns.
O Houaiss, lá pela oitava acepção, aceita “assumir” no sentido de “presumir”. Não que eu vá aceitar…
Fico feliz por não estar de todo errado ao estranhar quando comecei a ler/ouvir “planta” em relação a instalação industrial…. Também não me desce…. Outro termo que não me apraz é “arena” ao invés de
“estádio”.
Muito boas considerações. Gosto do seu trabalho.
Continue assim!!!😃